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segunda-feira, 22 de setembro de 2014
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quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Exercicios
Questão 1
Explique o conflito de terras que ocorria na região do Contestado. Resposta
Questão 2
Determine a influência da chegada da Brazil Railway Company no desenvolvimento da Guerra do Contestado. Resposta
Questão 3
Que tipo de aproximação podemos fazer entre a Guerra do Contestado e a Guerra de Canudos? Resposta
Questão 4
Quais as ações do governo federal em relação ao Contestado? Resposta
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Os Coroneis
Com a chegada da Lumber, abriu-se a possibilidade de exploração e ganhos com as terras legalizadas, já que a poderosa madeireira não se limitou a explorar as imensas áreas que lhe foram concedidas e negociava com muitos proprietários.
Alguns coronéis, como Francisco de Albuquerque, de Curitibanos, e Fabrício Vieira, do Vale do Timbozinho, tornaram-se especialmente odiados pelos sertanejos que em muitas ocasiões pediram suas cabeças como condição básica para qualquer negociação de paz.
Afonso Camargo, vice-governador do Paraná, era um coronel à distância, mas igualmente odiado pois advogava para a grande madeireira - empresa em que mais tarde deu grandes golpes em negócios de terra. Poderosos, os coronéis tinham muitos afilhados. Durante a Guerra do Contestado viram-se pela primeira vez, no sertão, atacados mesmo por estes, tamanha a revolta dos sertanejos. Francisco Albuquerque, o primeiro, chamou tropas catarinenses para intimidar o monje José Maria e seus seguidores, foi morto após a guerra num declarado ato de vingança.
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Os Monges
Em seguida surge outro monge, João Maria de Jesus,nome adotado por Anastás Marcaf, turco de origem. Também percorria o sertão benzendo, curando e batizando. Não juntava gente em volta de si, não dormia nas casas, mas atacava a República. Desapareceu por volta de 1908 e, segundo a população de então, “está encantado no Morro do Taió”.
É um terceiro monge, entretanto, que vai aglutinar o povo do sertão do Contestado e, de alguma forma, levá-los à guerra. Chamava-se José Maria - seu verdadeiro nome era Miguel Lucena e sugeria ser irmão de João Maria. Benzia, curava, batizava e reunia gente ao seu redor lendo, regularmente, o livro do Rei Carlos Magno e seus Doze Pares de França - com seus ensinamentos de guerra. Atacava duramente as autoridades e a República.
Ameaçado pelos coronéis da região do Contestado, o Monge e um grupo de sertanejos deslocaram-se para o Irani, em terras que o Paraná considerava suas, palco do primeiro combate da guerra. A 22 de outubro de 1912, na região denominada Banhado Grande, José Maria e seu grupo são atacados por soldados do Paraná comandados pelo coronel João Gualberto.
Morrem o monge e o coronel.
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Os Líderes Rebeldes
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Durante os quatro anos que durou a Guerra do Contestado morreram cerca de 20 mil pessoas - equivalente a um terço da população de Santa Catarina, à época. E também milhares de militares.
O movimento revoltoso teve, ao longo desses anos, várias lideranças que comandaram com êxito muitos combates e ofensivas. Entre eles Venuto Baiano, Chico Ventura, Aleixo Gonçalves, Antonio Tavares, Adeodato Ramos, Bonifácio Papudo e Alemãozinho (que traiu o movimento). Atuavam sob a forma de guerrilha, conseguiam infiltrar espiões regularmente - os bombeiros - nas forças que os combatiam, lutavam com revólveres, espingardas e no corpo a corpo com facões de pau feitos de madeira duríssima da região.
Apoiados numa forte crença de ressurreição e retorno nos exércitos encantados de São Sebastião, eram ferozes e destemidos em combate.
Logo os combatentes sertanejos foram chamados de pelados e seus opressores de peludos. Os pelados formaram tropas de elite nos redutos, os Pares de França, inspirados nas histórias do rei Carlos Magno. Queriam viver numa terra santa onde “tudo era irmão e irmã” e sob o signo de que “quem tem moe, quem não tem moe também, ficando no fim todos iguais”.
Conseguiram forças para uma resistência inédita na história e só foram subjugados pela fome e extermínio sistemático nos redutos invadidos com a degola dos prisioneiros.
Tinham um confuso discurso de fundar uma monarquia, na verdade um sonho de voltar aos tempos em que a vida havia sido mais digna e generosa.
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O Exército
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Capitão Matos Costa |
Para derrotar os revoltosos do Contestado foram necessárias 13 expedições militares, durante quatro anos. No conflito atuaram Euclides Figueiredo, Eurico Gaspar Dutra, Herique Teixeira Lott entre outros oficiais que influenciaram diretamente a vida brasileira. Praticaram diversos procedimentos de contra-insurgência e aniquilamento das populações rebeladas.
Pela primeira vez foram empregados aviões com fins militares na América Latina e bombas de fragmentação contra combatentes. Mas também foram usadas velhas práticas como a eliminação sistemática de prisioneiros e a degola.
A grande companhia Lumber mereceu atenção especial do Exército que atuou decididamente em sua defesa. Casos de corrupção como o desvio de fardamento, alimentos e munição das tropas foram denunciados no Clube Militar, no Rio de Janeiro e nunca apurados.
A campanha foi encerrada oficialmente depois de um longo cerco aos revoltosos, cortando-lhes suprimentos e matando-os de fome. Depois de terminada a guerra, tropas continuaram perseguindo os vencidos no sertão matando e destruindo suas casas.
O capitão Matos Costa, morto na Guerra, foi um dos raros a compreender o que se passava de verdade no sertão. Afirmava: “A revolta do Contestado é apenas uma insurreição de sertanejos espoliados nas suas terras, nos seus direitos e na sua segurança”.
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Os Sobreviventes da Guerra
Nos anos de 1984/1985 um grupo de jornalistas realizou uma vasta pesquisa que resultou no documentário em vídeo chamado Contestado: A Guerra Desconhecida. Nesse período foram entrevistados os últimos sobreviventes da guerra. Homens ainda fortes, lúcidos, valiosos testemunhos de tantas lutas e horrores.
compreensão do conflito. Do lado dos vencidos, nenhum falava muito a vontade de combates e mortes. Temiam, mesmo depois de 70 anos, serem perseguidos pois os vencedores testemunharam que eles seriam fanáticos e criminosos mesmo assim, com calma e amizade acabaram fazendo importantes relatos para aDo lado dos vencedores nenhum orgulho especial pelo que fizeram, até pelo contrário. Deste lado foram ouvidos um ex-soldado e um ex-vaqueano. O primeiro mais instruído pode, depois da guerra, fazer uma reflexão que o levou a odiar ter sido usado para matar brasileiros como ele a serviço de “uma monstruosidade da administração”.
O vaqueano, que era pago por fazendeiros, contava atrocidades sem se gabar, mas com naturalidade.
Um outro depoente, que não combateu em nenhum dos lados mas acompanhou os acontecimentos, sonhava em se casar com “uma jaguncinha” (jagunço era então o nome dos revoltosos) e acabou fazendo-o.
compreensão do conflito. Do lado dos vencidos, nenhum falava muito a vontade de combates e mortes. Temiam, mesmo depois de 70 anos, serem perseguidos pois os vencedores testemunharam que eles seriam fanáticos e criminosos mesmo assim, com calma e amizade acabaram fazendo importantes relatos para aDo lado dos vencedores nenhum orgulho especial pelo que fizeram, até pelo contrário. Deste lado foram ouvidos um ex-soldado e um ex-vaqueano. O primeiro mais instruído pode, depois da guerra, fazer uma reflexão que o levou a odiar ter sido usado para matar brasileiros como ele a serviço de “uma monstruosidade da administração”.
O vaqueano, que era pago por fazendeiros, contava atrocidades sem se gabar, mas com naturalidade.
Um outro depoente, que não combateu em nenhum dos lados mas acompanhou os acontecimentos, sonhava em se casar com “uma jaguncinha” (jagunço era então o nome dos revoltosos) e acabou fazendo-o.
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Fim da Guerra
Encerrada oficialmente a intervenção do Exército em 1915, a Guerra do Contestado ainda teve continuação. Piquetes militares perseguiram focos revoltosos por muitos anos.
Os prisioneiros tinham destino variado. Muitos eram mortos imediatamente, outros eram reunidos e enviados para trabalho escravo muito poucos reintegraram-se às suas famílias ou voltaram às suas regiões de origem. O governo catarinense chegou a protestar pela intensiva migração forçada realizada pelo governo paranaense. Tropas federais permaneceram por algum tempo na região, a madeireira Lumber voltou a operar com desenvoltura, desmatando incessantemente. Os governos de Santa Catarina e do Paraná trataram de resolver suas pendengas e, em 1916, assinaram, no Rio de Janeiro, um tratado dividindo a área que pretendiam. O Paraná ficou com 20 mil quilômetros quadrados da área contestada e Santa Catarina com 28 mil quilômetros quadrados.
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O Conflito
No ano de 1912, quando as tropas federais marcham sobre o Contestado para "acalmar os ânimos" sob ordens do então líder da República, o marechal Hermes da Fonseca, José Maria lidera seus fiéis para organizar uma resistência em Irani, terra contestada por ambos os estados, Paraná e Santa Catarina. O governo decide mandar as Forças de Segurança do Paraná, espécie de polícia, para desalojar os rebeldes, mas são rechaçadas com pesadas baixas, e os rebeldes obtém sua primeira vitória. Contudo, José Maria morre na batalha, e é enterrado por seus fiéis, que prometem que ele ressuscitará juntamente com o mítico rei de Portugal, D. Sebastião, a frente de seu "exército encantado".
Em fevereiro de 1914, o governo federal envia um contigente do exército, composto de 700 homens, armados de fuzis, metralhadoras e canhões, para por fim a rebelião. Os fiéis do Contestado, contudo, se refugiam na comunidade remota de Caraguatá, onde juntam 6.000 homens em armas sob o comando de Maria Rosa, apelidado de a "Joana D’Arc" do sertão, uma adolescente de 15 anos que dizia receber visões e ordens do falecido José Maria. O exército contava também com um "Imperador", um "Quadro de Santos", que serviam como conselheiros, e uma guarda de elite de 24 Cavaleiros, intitulados "Pares de França", em alusão à guarda de Carlos Magno.
As tropas cercam Caraguatá, mas na batalha que se segue os federais são massacrados, e fogem para todos os lados, perseguidos pelos rebeldes. Os rebeldes então, atraem ainda mais seguidores, e fundam as "monarquias celestes", redutos fortificados, de Bom Sossego e São Sebastião, publicando também um manifesto oficial, denominado "Manifesto Monarquista". Desses redutos partiam para atacar fazendas, de modo a conseguir comida, cartórios, para queimar os registros de desapropriação, e as serrarias e escritórios da Lumber, de modo a sabotar os planos econômicos federais.
O governo reage mandando Carlos Frederico de Mesquita, que havia participado na repressão a revolta de Canudos, para acabar com a revolta. O general faz um ataque rápido e decisivo contra o reduto de Santo Antônio, obrigando os revoltosos a fugir, e, quando o reduto de Caraguatá é abandonado devido à uma epidemia de tifo, o general dá a revolta por encerrada e volta para a casa. Os rebeldes, liderados por Maria Rosa, se reagrupam no reduto de Santa Maria, e de lá lançam novos ataques à região. O governo então parte para a última cartada: envia o marechal Setembrino de Carvalho com 7000 homens, e ordens de pacificar a região e proteger a construção da ferrovia à qualquer custo. Com ajuda de dois aviões de reconhecimento, recentes aquisições das forças armadas, o marechal, evitando o conflito direto com os revoltosos, foi cercando a região a partir dos quatro pontos cardeais, e assim matando lentamente os revoltosos de fome.
Apesar da crise de fome, os rebeldes resistem, concentrados em dois redutos: O de Santa Maria e o de Caçador. Em março de 1915 o capitão Tertuliano Potyguara, após matar a líder Maria Rosa numa emboscada, avança sobre os dois redutos, e mata os rebeldes restantes em um combate sangrento, envolvendo todos os habitantes dos redutos, homens, mulheres e crianças, quase todos mortos de fome.
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Dados da Guerra
- Início da Guerra: 22 de outubro de 1912
- Tempo da Guerra: 46 meses (out/1912 a ago/1916)
- Auge da Guerra: Março-abril de 1915, em Santa Maria, na Serra do Espigão
- Final da Guerra: Agosto de 1916, com a captura de Adeodato, o último líder do Contestado
- Combatentes militares no auge da Guerra: 8.000 homens, sendo 7.000 soldados do Exército Brasileiro, do Regimento de Segurança do Paraná, do Regimento de Segurança de Santa Catarina, mais 1.000 civis contratados.
- Exército Encantado de São Sebastião: 10.000 combatentes envolvidos durante a Guerra.
- Baixas nos efetivos legalistas militares e civis: de 800 a 1.000, entre mortos, feridos e desertores
- Baixas na população civil revoltada: de 5.000 a 8.000, entre mortos, feridos e desaparecidos
- Custo da Guerra para a União: cerca de 3.000:000$000, mais soldados militares
- A Guerra do Contestado durou mais tempo que a Guerra de Canudos, outro conflito semelhante em terras do Brasil.
- Em quatro anos de guerra, 9 mil casas foram queimadas e 20 mil pessoas mortas.
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Consequências da Guerra
- 20 de outubro de 1916: Assinatura do Acordo de Limites Paraná-Santa Catarina, no Rio de Janeiro;
- 7 de novembro de 1916: Manifestações nos municípios do Contestado-Paranaense contra o acordo;
- De maio a agosto de 1917: Sublevação popular no Contestado-Paranaense, pró Estado das Missões;
- Maio e junho de 1917: Ascensão e assassinato do monge Jesus Nazareno;
- 3 de agosto de 1917: Homologação final do Acordo de Limites;
- Setembro de 1917: Instalação dos municípios de Mafra, Joaçaba (então Cruzeiro), Chapecó e de Porto União;
- 1918: Reinício da colonização no Centro-Oeste Catarinense, por empresas particulares;
- Janeiro e maio de 1920: Revolta política em Erval e Cruzeiro;
- Março de 1921: Revolta de caboclos contra medição de terras, entre Catanduvas e Capinzal.
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Explicação das Causas da Guerra
Causas da Guerra do Contestado
As causas da Guerra do Contestado são muitas e complexas, originando-se principalmente na intevenção na economia e na distribuição de terras locais por parte dos poderes federais, freqüentemente a serviço do empresariado internacional. Este atuava na figura do norte-americano Percival Farquhar, que possuía diversos projetos na região, como a Southern Brazil Lumber & Colonization Company, mais tarde conhecida simplesmente como Lumber, e a Brazil Railway Company, que comprou a Companhia de Estradas de Ferro São Paulo-Rio Grande, com o objetivo de construir o que ficou conhecido como a Ferrovia do Contestado, que transportaria a madeira extraída pela Lumber até São Paulo, para embarcá-la posteriormente em Santos para exportação. As causas propriamente então, se dividem em três principais categorias: As causas econômicas, sociais e religiosas.
Causas Econômicas
As causas econômicas foram principalmente causadas por duas interferências governamentais: A primeira deu-se na forma das concessões de terras disputadas e ricas em recursos naturais à Santa Catarina, o que provocou muitas revoltas locais, como a Demétrio Ramos em Timbó e Aleixo Gonçalves Lima em Canoinhas, e a desapropriação maciça de mais de 6.000km² de terras de pequenos agricultores locais para a construção da Ferrovia do Contestado, e as subseqüentes tentativas de desalojamento forçado dos posseiros locais.
Causas Sociais
As causas sociais, em parte conseqüência das intervenções mencionadas acima, são a profunda desconfiança no governo, que só intervia de modo prejudicial na região, em nome de grandes financistas e especuladores, e o conseqüente surgimento de movimentos pró-monarquia.
Causas Religiosas
E as causas religiosas são os movimentos messiânicos, que mais tarde culminaram na fundação do Contestado, uma comunidade de "monarquias celestes", cada uma com seus reis e ordens de cavaleiros. Os três principais movimentos, incluindo o último e mais importante, foram liderados por monges de mesmo nome: O primeiro, que presumivelmente se chamava realmente José Maria, parece ter sido um monge italiano que pregava pela região e atraiu diversos seguidores, que faziam incursões itinerantes pela região do Contestado. O segundo, que se chamava Atanas Marcaf, de origem síria, mudou seu nome para José Maria de modo a continuar a missão do primeiro, e era vista como uma espécie de reencarnação do falecido. Este, antes de desaparecer em 1908, prometeu que voltaria ressuscitado.
Finalmente surgiu um terceiro, um soldado desertor de nome Miguel Lucena de Boaventura, que adotou o nome de José Maria, e instalou-se como curandeiro na região, logo adquirindo fama de santo milagroso. Este último é que acabaria liderando a rebelião.
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Estatisticas da Guerra
Área conflagrada: 20.000 km²
População da época envolvida na área de conflito: aproximadamente 40.000 habitantes
Municípios do Paraná, na época: Rio Negro, Itaiópolis, Três Barras, União da Vitória e Palmas
Municípios de Santa Catarina, na época: Lages, Curitibanos, Campos Novos, Canoinhas e Porto União
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Estatisticas
Região do Contestado
Santa Catarina já havia ganho três disputas judiciais no Supremo, sem nunca ver cumprida suas determinações.
Poucos moradores e fazendeiros tinham documentação das terras que ocupavam e exploravam. Esta situação começou a mudar no início da República, com os “coronéis” legalizando grandes extensões em seu nome e, depois, com a chegada da estrada de ferro São Paulo-Rio Grande, cujos construtores ganharam 15 quilômetros de cada lado da ferrovia para explorar madeira e erva-mate. Muitos moradores foram progressivamente desalojados, à força, durante anos.
Em 1910, o Sindicato Farqhuar, que construia a ferrovia, inaugurou a segunda maior madeireiro da América em Três Barras, para explorar suas concessões. Em seguida, passou também a vender terras - na maioria das vezes ocupadas por sertanejos brasileiros - para estrangeiros de diversas procedências.
A Southern Brazil Lumber & Colonization Co. Inc., domina o sertão. Dispõe de um exército de 200 homens para pressionar quem fosse preciso. Começa a formar-se o cenário da guerra.
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Grupo dos Revoltosos e dos Soldados Paranaenses
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O Real Inicio da Guerra
Após a conclusão das obras do trecho catarinense da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, a companhia Brazil Railway Company, que recebeu do governo 15 km de cada lado da ferrovia, iniciou a desapropriação de 6.696 km² de terras (equivalentes a 276.694 alqueires) ocupadas já há muito tempo por posseiros que viviam na região entre o Paraná e Santa Catarina. O governo brasileiro, ao firmar o contrato com a Brazil Railway Company, declarou a área como devoluta, ou seja, como se ninguém ocupasse aquelas terras. "A área total assim obtida deveria ser escolhida e demarcada, sem levar em conta sesmarias nem posses, dentro de uma zona de trinta quilômetros, ou seja, quinze para cada lado".. Isso, e até mesmo a própria outorga da concessão feita à Brazil Railway Company, contrariava a chamada Lei de Terras de 1850.6 Não obstante, o governo do Paraná reconheceu os direitos da ferrovia; atuou na questão, como advogado da Brazil Railway, Affonso Camargo, então vice-presidente do estado.
Esses camponeses que viram o direito às terras que ocupavam ser usurpado, e os trabalhadores que foram demitidos pela companhia (1910), decidiram então ouvir a voz do monge José Maria, sob o comando do qual organizaram uma comunidade. Resultando infrutíferas quaisquer tentativas de retomada das terras - que foram declaradas "terras devolutas" pelo governo brasileiro no contrato firmado com a ferrovia - cada vez mais passou-se a contestar a legalidade da desapropriação. Uniram-se ao grupo diversos fazendeiros que, por conta da concessão, estavam perdendo terras para o grupo de Farquhar, bem como para os coronéis manda-chuvas da região.
O "santo monge" José Maria rebelou-se, então, contra a recém formada república brasileira e decidiu dar status de governo independente à comunidade que comandava. Para ele, a república era a "lei do diabo". Nomeou "imperador do Brasil" um fazendeiro analfabeto, nomeou a comunidade de "Quadro Santo" e criou uma guarda de honra constituída por 24 cavaleiros que intitulou de "Doze Pares de França", numa alusão à cavalaria de Carlos Magno na Idade Média.A união destas pessoas em torno de um ideal, levou à organização do grupo armado, com funções distribuídas entre si. O messianismo adquiria corpo. A vida era comunitária, com locais de culto e procissões, denominados redutos. Tudo pertencia a todos. O comércio convencional foi abolido, sendo apenas permitidas trocas. Segundo as pregações do líder, o mundo não duraria mais 1000 anos e o paraíso estava próximo. Ninguém deveria ter medo de morrer porque ressuscitaria após o combate final. É de destacar a importância atribuída às mulheres nesta sociedade. A virgindade era particularmente valorizada.
Os camponeses uniram-se a este, fundando alguns povoados, cada qual com seu santo. Cada povoado seria como uma "monarquia celeste", com ordem própria, à semelhança do que Antônio Conselheiro fizera em Canudos.
Convidado a participar da festa do Senhor do Bom Jesus, na localidade de Taquaruçu (município de Curitibanos), o monge foi acompanhado de cerca de 300 fiéis, e lá permaneceu por várias semanas, atendendo aos doentes e prescrevendo remédios.
Desconfiado com o que acontecia, e com medo de perder o mando da situação local em Curitibanos, o coronel Francisco de Albuquerque, rival do coronel Almeida, enviou um telegrama para a capital do estado pedindo auxílio contra "rebeldes que proclamaram a monarquia em Taquaruçu"'.
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Guerra do Contestado; o que foi?
Uma das maiores e mais sangrentas revoltas camponesas da História da Humanidade aconteceu em Santa Catarina. No dia 22 de outubro de 1912, na cidade de Irani, tropas paranaenses comandadas pelo coronel João Gualberto travaram um violento combate com um grupo de sertanejos sem-terra, liderados pelo “monge” José Maria que pregava a volta da Monarquia e a construção de uma sociedade igualitária. O conflito, que se alastrou por dezenas de cidades catarinenses, durou quatro anos e causou a morte de cerca de 20 mil pessoas.
Vários acontecimentos produziram este levante popular: a disputa de limites entre Paraná e Santa Catarina; a construção da estrada de ferro São Paulo - Rio Grande, pela poderosa multinacional Brazil Railway pertencente ao Sindicato Farquhar; a instalação da segunda maior madeireira da América, a Southern Brazil Lumber & Colonization Company Inc.
Este conjunto de fatores convergia para uma mesma direção: a expulsão dos camponeses, habitantes nativos da região, a ocupação de suas terras e a exploração das ricas reservas de pinheiro araucária. Nesse período praticou-se a primeira devastação ecológica industrialmente planejada na América Latina com a derrubada de mais de 2 milhões de pinheiros e outras madeiras nobres.
TESTE MILITAR
A Guerra do Contestado mobilizou dois terços do Exército Brasileiro de então, milícias estaduais e forças paramilitares. Foi o grande teste do exército moderno: pela primeira vez, na América Latina, utilizaram-se aviões com fins militares, bombas de fragmentação e aprimoradas técnicas de contra-insurgência, só esboçadas na Guerra de Canudos.
Os camponeses, profundos conhecedores do sertão catarinense e movidos por uma fé mística baseada na imortalidade, resistiram ferozmente até a sua derrota utilizando eficientes técnicas de guerrilha. Além da luta pela terra, messianismo, sebastianismo e desejos de volta à Monarquia permeavam o imaginário dos sertanejos.
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